Golpes virtuais: saiba como se proteger


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A INTERNET é vilã ou mocinha?

Os avanços tecnológicos abriram as portas para um mundo de possibilidades ao alcance de um clique. Por meio da internet, podemos estudar, explorar virtualmente os mais diversos destinos e interagir, em tempo real, com pessoas ao redor do mundo. Embora a internet tenha trazido inúmeras vantagens, ela também introduziu aspectos menos positivos, como os golpes virtuais, que se destacam entre os aspectos negativos gerados por essa tecnologia.

Os veículos de comunicação mais conceituados alertam para o aumento vertiginoso dos golpes virtuais, uma modalidade criminosa que atrai suas vítimas por meio de links duvidosos, mensagens suspeitas e/ou notícias falsas que chegam aos seus aparelhos de celular. A variedade de golpes virtuais é tão extensa que algumas pessoas passam a desconfiar de tudo, mantendo-se em permanente sinal de alerta quando utilizam seus celulares, o que as impede de aproveitar plenamente as funcionalidades e as possibilidades oferecidas pelos aparelhos celulares, que estão cada vez mais avançados tecnologicamente.

De acordo com os dados levantados pela PSafe, uma empresa especializada em cibersegurança, somente no ano de 2021, mais de 150 milhões de pessoas foram vítimas de golpes virtuais no Brasil. Tão surpreendente quanto o número de vítimas é a variedade de tipos de golpes, que incluem desde a clonagem do WhatsApp, o sequestro de dados, até os sites clonados de vendas de produtos. Outros exemplos notáveis incluem o golpe do motoboy, em que uma mensagem supostamente enviada pelo banco solicita o recolhimento do cartão de crédito da vítima; a falsa oferta de emprego que requer o pagamento de uma taxa; o golpe do falso empréstimo; a artimanha do depósito com envelope vazio; a falsa notificação de multa de trânsito; e a abordagem de supostos parentes solicitando ajuda. Esses são apenas alguns exemplos que evidenciam a diversidade de estratagemas criados pelas quadrilhas especializadas nesse tipo de crime.

O elevado número de vítimas e a diversidade de golpes virtuais revelam que os golpistas estão cada vez mais explorando a vulnerabilidade e fragilidade dos usuários. Mantendo-se atualizados, esses criminosos utilizam discursos altamente convincentes e, por vezes, recorrem a técnicas sofisticadas para induzir as vítimas ao erro, visando alcançar seus objetivos, que frequentemente envolvem ganho financeiro ou o roubo de informações sensíveis, como número de CPF ou cartões de crédito.

Atentos ao aumento desse tipo de crime, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, o Procon e até mesmo empresas privadas como a RD Longevidade estão investindo cada vez mais na divulgação de informações de qualidade. Essas iniciativas incluem a elaboração de cartilhas, a realização de palestras e eventos informativos, visando auxiliar milhares de usuários a compreenderem melhor a lógica de funcionamento de alguns dos golpes virtuais mais comuns. Dessa forma, os próprios usuários podem adotar medidas adicionais de segurança para não se tornarem vítimas de golpes virtuais.

Confira as cinco principais dicas para não cair nas armadilhas dos golpes virtuais:

  1. Mantenha extrema cautela com mensagens provenientes de bancos: para enganar a vítima, os golpistas frequentemente usam o nome de instituições bancárias conhecidas para enviar e-mails solicitando o compartilhamento de informações sensíveis do correntista. Conforme especialistas, é importante ressaltar que os bancos não costumam requisitar informações, enviar promoções ou sorteios por e-mail.
  2. Esteja atento a duas “coincidências” que frequentemente estão presentes nos golpes do WhatsApp: a troca súbita de número de telefone e a solicitação de um PIX ou uma transferência para o nome de terceiros. Normalmente, o golpista se passa pelo verdadeiro proprietário da conta do WhatsApp, apresentando uma desculpa qualquer para a utilização de um número novo e, em seguida, solicita o pagamento de um boleto, uma transferência bancária ou até mesmo um PIX, sempre com um beneficiário diferente do conhecido pela vítima. Um aspecto crucial é a urgência; geralmente os golpistas insistem para que o pagamento seja feito rapidamente, o que aumenta as chances de ser um golpe, pois o criminoso está ciente de que sua atuação pode ser descoberta a qualquer momento.
  3. Recebeu um código “estranho” no seu celular? Não compartilhe esse número com ninguém! Os golpistas frequentemente tentam aplicar essa técnica para roubar as contas de WhatsApp e Instagram das vítimas.
  4. Lembre-se sempre de que “não existe almoço grátis”. Se deparar com uma oferta imperdível, um desconto extraordinário em um site de uma empresa ou um anúncio no Instagram como “meu amigo vai se mudar, está vendendo tudo”? Desconfie! No caso do site, realize pesquisas para confirmar a confiabilidade do mesmo. Quanto às vendas de segunda mão no Instagram, evite adquirir algo sem antes examinar pessoalmente.
  5. Confira as orientações de segurança disponíveis nos aplicativos, nos sites das instituições bancárias e em plataformas como rdlongevidade.com.br. Siga rigorosamente as recomendações de segura. Se, ainda assim, você se tornar vítima de qualquer tipo de golpe virtual, não deixe de registrar um boletim de ocorrência. O registro do B.O possibilita a responsabilização dos culpados e fornece dados quantitativos sobre a incidência do crime, estimulando ações de combate ao crime virtual tanto no âmbito público quanto no privado.